30 janeiro 2006

Varicela

Finalmente, o Afonso lá apanhou a varicela. Agora que os amiguinhos já estão todos curados e de regresso à escola, lá chegou a vez do Afonso. Começou calmamente, sem febres nem grandes borbulhas, mas de repente começaram a aparecer mais e mais, e a crescer desmesuradamente. Estás cheio de bolhas ENORMES!!! E febre. :( "Estou cheio de babuias! É da vaixela, pois é mãin!?" Agora não pode ver uma borbulha em ninguém que diagnostica de imediato, ora vejam. Estava a olhar para mim quando descobre duas pequeninas borbulhas. Com um olhar muito atento diz: "Olha, tens aqui uma babuia. E aqui outa! Também tás com vaixela?"

23 janeiro 2006

"Vi uma raia muta enóme!"

Na sexta-feira , depois da escola lá foi ele – todo feliz e contente – para casa dos manhãnhinhas. No Sábado de manhã foram os 3 passear ao Oceanário. "Ah foi? E o que é que tu viste lá, Afonso?" "Vi o Nemo, a Dória – sim, para ele a Dori é a Dória, e com toda a lógica, afinal se é uma menina... – e uma raia muta enóme que fazia axim (agora com os braços a abanar devagarinho) a voar!"

16 janeiro 2006

"Já procuraste?"

Ultimamente o Ponsha não tem falado sobre o Baboo. Pelo menos com frequência. Já passou um mês. Mas ontem (Domingo) quando acordou (cedo... muito cedo) veio deitar-se na nossa cama. E no escurinho da manhã, deitado no meio de nós os dois, começa inesperadamente a cantarolar: "Eu, ...o papá, ...a mamã e o Baboo, mas já não temos Baboo..." Depois, à noite, quando já estava deitado na caminha dele e se lembrou de que queria dar mais um "beijito" ao pai, lá vem o pai e ele pede o beijinho e pergunta: "Já foste procurar o Baboo?" ao que o pai responde que sim, já tinha ido. "E não encontraste!?" Coitadinho! Na altura eu pedi conselhos psicológicos de como seria a melhor forma de lidar com esta perda, e percebi que o melhor era deixar andar, evitar abordar o tema a não ser que fosse o Afonso a puxar a conversa. Nas primeiras semanas, todos os dias (de uma maneira ou de outra) ele falava no "noxo cão" e eu lá lhe explicava que o Baboo tinha fugido. Mas agora já andava a falar muito pouco. Pensei que já tivesse interiorizado que "já não temos cão"... mesmo. Mas com estas conversas já não sei o que pensar. Que confusão deve ter sido naquela cabeça linda!

11 janeiro 2006

"Queres um hamburguer!"

Para quem se lembra do post "Xôu uma tataúga!", aqui vai uma outra versão. Sim, porque para o nosso Ponsha uma simples esponja de banho não se limita a isso. Todas as possibilidades são exploradas. Pois então a nova versão é a esponja-hamburguer. "Agora vou fazer o almoço. Toma mãin, come o hambuga!"

"Este também é pa mim?!"

Ele nem queria acreditar, quando se ouviu um "knock-knock" a bater à porta e eu lhe pergunto: "Ouviste Afonso? Se calhar já é o Pai Natal!" A resposta foi um "Hi, hi, hi!" acompanhado de uns pulinhos e um largo sorriso em direcção à porta da rua. (Compreensível depois de andarmos dias e dias a fio com conversas Pai-natalianas.) Vamos abrir a porta e (desilusão) não havia Pai Natal do lado de lá da porta. "Óhhhh! O Pai Natal?!?" pergunta ele meio confuso. "Se calhar teve de se ir embora. Devia de estar com muita pressa Afonso, já viste que esta noite o Pai Natal tem de ir a casa de todos os meninos. E olha que são muitos meninos. Mas já viste que ele te deixou aqui muitos presentes!?... são para ti. Vá, traz os presentes todos cá para dentro." Aí ele ficou mais animado e pega num e leva lá para dentro. Chegou à sala e senta-se para abrir. E nós: "Não Afonso, leva primeiro os presentes todos para a sala, depois então abres." Ele volta e quando pega num embrulho pergunta (baralhado) "Este também é para mim?" Ao que nós respondemos que sim, que aqueles todos eram os que o Pai Natal tinha deixado para ele. Estava super-contente e eu só lhe dizia que ele se devia ter portado muito bem, para o Pai Natal ter sido tão generoso para ele.

05 janeiro 2006

"Quero ir para casa deles!"

Esta semana tem sido um martírio para o convencer a sair de casa, de manhã, para ir para a escola. "Não quero ir para a escola! Quero ficar em casa contigo!" Mas eu tenho de ir trabalhar, não posso ficar em casa Afonso. "Mas eu quero ficar em casa com alguém!" Ó meu deus!... Na segunda-feira até pontapés deu à educadora. "Muito feio Afonso!" E só na quarta pediu desculpas! Depois, à tarde, lá teve direito a uma surpresa: uma caixinha de smarties (uau!), por se ter portado bem. :-) Hoje acordou e veio ter comigo à cama. Debruça-se sobre mim, com a cara dele a uns escassos centímetros da minha e pergunta: "Hoje não vou para a escola?!" "Vais Afonso, então logo hoje que tens aula de ginástica e tudo!? Claro que vais!" "Mas eu não quero!" E com isto deita-se ao meu lado na cama debaixo do edredon "Mas eu quero ir para casa deles!" "Deles quem?!?" pergunto eu, na dúvida. "Do avô manhãnhinha e da avó Natália!" Mas não pode ser, eles não estão lá. No fim-de-semana depois logo vais, mas hoje não pode ser. Mas (apesar de tudo) hoje já correu melhor. Ficou muito bem, contente a mandar-me beijinhos a sorrir e a dizer-me adeus com a sua mãozinha. Um lindo!