16 dezembro 2005

"Já não temos cão!?"

Na passada quarta-feira à noite, durante o passeio da praxe, o Baboo foi atropelado e morreu. O Afonso ainda estava acordado, pelo que se apercebeu de que algo de errado se passava, quando me viu voltar do passeio sozinha, com a trela vazia na mão. "O Baboo fugiu? Foi mãin!?" "Foi Afonso!" respondi eu, ainda muito transtornada. O Jorge saíu para o ir buscar junto à berma da estrada, onde eu o havia deixado. Estava já na hora de deitar o Afonso, eu não me consigo aguentar e enquanto lhe dou o leitinho, as lágrimas correm-me pela cara abaixo. "Estás zangada com o Baboo, é mãin!?" Eu aceno que sim com a cabeça, e digo que não estou zangada, que estou triste. E ele olha para mim enquanto me dá festinhas na minha cara. "Já passou mãin!" Lá o fui deitar, (o Jorge ainda não tinha chegado) e ele já na cama diz que quer dar um beijinho ao pai e outro ao Baboo. Explico-lhe que não estão e que ainda demoram. É melhor ele dormir. Dormiu a noite toda. Eu e o pai passámos uma noite horrível. :( Foi inesperado e não deu sequer para despedidas... é muito doloroso. Quando o Jorge chegou a casa, pusémos todas as coisa do Baboo na varanda e fechámos o estore. No dia seguinte combinámos não fazer quaisquer comentários sobre o Baboo. Resolvemos manter, para o Afonso, a história da fuga. Pegámos em todos os objectos do Baboo (cama, bolinha azul, osso de borracha, almofada e taças, etc) e guardámos na garagem, antes do Afonso chegar a casa. Depois do jantar, liga um amigo para o Jorge. O Afonso quer falar. O Jorge passa-lhe o telemóvel e eis que o Afonso surpreende todos com a sua descrição do que se tinha passado: "A mãe foi levar o Baboo à rua, depois a mãe veio sozinha, o Baboo fugiu, depois o pai foi à rua à procura do Baboo e agora nós não temos cão. Depois, no Natal, quando o pai Natal vier ele traz o Baboo." Passado umas horas, no meio do nada, quando estávamos os três no vazio de uma sala sem Baboo, o Afonso olha para nós e pergunta: "Já não temos cão, pois não?!" Não Afonso, infelizmente já não há Baboo. Só esperemos que esteja num sítio melhor, com muito espaço para brincar, descansar e com todos os miminhos que ficaram por dar. Adeus Babookinho!

14 dezembro 2005

"Nesta casa xôu eu que mando!"

Foi com esta conversa que o Ponsha veio no outro dia. "Na outra mandava o pai, a mão e o Baboo. Nesta mando eu!" Como se nós ainda não tivessemos percebido... Lol. "Mando no chão, na cama, nos armários, nas janelas, nos lençóis das janelas..." Desculpa?!... No quê?!... Nos lençóis das janelas?!?!?... Ah,... ok... os cortinados, está explicado. Muito bem observado! Eu não me lembraria de tal coisa. :)

09 dezembro 2005

Consegui!

Não sei como, mas ontem lá o consegui convencer a dar os brinquedos com que ele quase já não brinca a outros meninos que não têm brinquedos. "Mas são meus mãin!" "Pois, eu sei Afonso. Mas são brinquedos de bebé. Se tu já não brincas com eles vamos dá-los a outros meninos que brinquem. E assim o Pai Natal já te pode oferecer muitos brinquedos novos. Brinquedos de menino grande. Não é!?" Pronto, lá teve de os tirar todos do saco e brincar um bocadinho com eles. Para se despedir, acho eu! Depois deixou-os lá ao pé do saco e perguntei eu: "Então, posso pôr estes brinquedos no saco para dar aos meninos Afonso?" "Aos meninos da minha sala, mãin?!" "Não, não é aos teus amigos, é aos outros meninos que não têm brinquedos. Pode ser!" "Sim, pode!" "Muito bem Afonso! És um lindo. O Pai Natal vai ficar muito contente contigo!"

02 dezembro 2005

Um dinossauro!

O prometido é devido! E, como tal, depois do primeiro cócó na sanita "como os gandes" quando o pai o foi buscar à escola lá fomos nós comprar um presente escolhido por ele. "Mas é só um Afonso!" "Tá bem. Quero um dinossauro." Pareceu-me muito perigoso nesta época natalícia levá-lo ao Carrefour de Oeiras, aos corredores dos brinquedos e deixá-lo ver tudo e escolher. (Achei que daí iria resultar uma enorme fita, com ele agarrado a 20.000 brinquedos. Mas não... enganei-me redondamente. O rapaz é, afinal, muito decidido!) Demos uma volta de reconhecimento, e ele lá se entusiasmou com um ou outro homem-aranha, e com um castelo. Mas quando perguntámos: "Então Afonso, qual é que tu queres?" a resposta era impressionantemente incisiva "Um dinossauro!". Bem, a escolha acabou por ser muito simples, porque definitivamente neste Natal os dinossauros estão em baixa e a escolha era... nenhuma. "Mas aqui no castelo tem um dragão", dizia eu, já a ver o caso mal parado... "Não mãin. Quero um dinossauro!" respondia ele, convicto da sua escolha. Lá encontrámos um conjunto de dinossauros. Um único, imagine-se!!! Tanto brinquedo junto e só havia um com dinossauros. Lá veio então, todo satisfeito, com os seus dinossauros, uma jaula, um gorila, um helicóptero, uma torre, dois expeditores e mais uma série de acessórios. Adorou!!! de tal maneira que passou o resto da noite a brincar com o seu presente novo, e nem queria dormir. Escusado será dizer que no dia seguinte quando tivemos de sair para ir almoçar aos manhãnhinhas lá teve de trazer tudo atrás.