O Manhãnhinha

Quando o Afonso era bebé e os avós maternos o iam visitar, à despedida o avô dizia sempre: "Adeus, até amanhãnhinha!". De tal forma que ficaram conhecidos como os avós manhãnhinhas. Aqui está uma foto do manhãnhinha tirada pelo Afonso.

O alfabeto afonsiano

Há já uns meses (antes do 3º aniversário) o Afonso veio mostrar-me isto. Pergunto eu: "O que é isto Afonso?", resposta pronta: "São letras!!!". Ah, que disparate o meu, claro que são letras. (Não se está mesmo a ver?!)

"Olha mãin, xôu uma tataúga!"

Ontem, no "banho de banhêia enchida" o Afonso descobriu como ser uma "tataúga". Estranho!?... Não, nem por isso. (Lá que o puto tem imaginação, lá isso tem!). Passo então a explicar: No meio das brincadeiras com a esponja do banho (uma esponja amarela, de forma redonda achatada), vira-se para mim e diz: "olha mãin, xôu uma tataúga!". Eu olho para ele, e não resisti... desatei-me a rir. Estava ele de cócoras, com a esponja nas costas. E não é que parecia mesmo uma tartaruga!? Raio do miúdo, sai-se com cada uma.

"O meu Babookinho!"

O Afonso adora o nosso cão! Como ele diz "o meu Babookinho". Quando se vai deitar, tem de dar um beijinho ao pai, um beijinho à mãe e – ai de mim! – que não o leve ao pé do Baboo para que ele se despeça com um "até amanhã, Babookinho!", e lhe mande um beijo pelo ar. É claro que quem o ouve a tratá-lo por este diminutivo, não imagina um Airedale Terrier de perto de 30 kilos. Mas enfim...

O poquê do "estêla-mágica"

Anteontem a titi veio fazer uma visitinha e trouxe uma "xupêsa"... uma "estêla-mágica", chegaram ambos a essa conclusão. É um daqueles objectos (estranhissimos) que dão nas vistas porque emanam imensos raios luminosos, super-psicadélicos. Uma esfera, com um revestimento gelatinoso amarelo transparente, com um botão que permite ligar/desligar umas luzes muito disco. "Mas não foi a titi que deu Afonso! Foi o tio Fernando e a tia Zali que deram ao Afonso. A titi só trouxe." Soube então que tinha sido comprado a um vendedor-ambulante. Que assim que o viram se lembraram logo do nosso Ponshita. E ele – claro!!! – adorou. Nessa mesma noite fui dar com ele a dormir, ferrado, no meio de uma "discoteca" sem som – mas com muita luz – debaixo dos lençóis. Deitou-se com a sua estêla-mágica e adormeceu antes de a apagar... Ainda bem que o fui espreitar antes de me ir deitar. Caso contrário corria o risco de acordar a meio da noite com algum pesadelo estranho... Achei tão engraçada a expressão que resolvi adoptá-la. Afinal, como mãe desta criança maravilhosa, também me sinto – muitas vezes – uma verdadeira estrela cheia de magia! ;)

Hoje é dia de ginástica!

...por isso não foi difícil arrancá-lo de casa. "Vá Afonso, temos de nos despachar. Olha que se chegamos atrasados já não fazes ginástica." Diz ele: "Não?!?! Poquê? Os meninos não esperam por mim?" Respondo eu (enquanto tento acabar de me vestir e começar a preparar a mochila do Snoopy, com os ténis para a aula de ginástica): "Não Afonso, não esperam. Quando chegar a hora da aula, vão todos para o ginásio e tu não fazes ginástica!". Foi o suficiente para conseguir – em menos de 1/2 hora – tirá-lo da cama, pô-lo a fazer um "xixi muito gande, do tamanho de um rio, pois é mãin!?", vesti-lo, pôr soro no nariz, dar-lhe um iogurte, vestir o casaco e sair de casa. Os dias de ginástica são fantásticos! Deviam ter ginástica todos os dias, só para ver aquele ar de felicidade e aquela alegria de ir para a escola. Sim, porque ainda estamos em fase de estreia (ainda não passou um mês desde que o Ponsha começou a ir para o infantário!)